Leonard Mack foi preso em 1975, em Greenburgh, estado de Nova Iorque, após a violação de uma adolescente que ia de casa para a escola com outra jovem. A polícia tinha anunciado a busca por um suspeito negro, num bairro de maioria branca.

Após uma campanha da organização Innocence Project, exames de ADN que não estavam disponíveis na época dos factos "descartaram de forma conclusiva o senhor Mack como perpetrador e identificaram um agressor sexual condenado, que agora confessou a violaçãi", informou o gabinete do promotor do condado de Westchester.

"É a condenação errónea mais longa da história dos Estados Unidos conhecida pela Innocence Project a ser revogada por um exame de ADN", assinalou o gabinete do promotor distrital, que ressaltou "a força inabalável de Mack, que lutou durante quase 50 anos para limpar o seu nome".

Segundo o Registo Nacional de Exonerações, 575 pessoas condenadas foram absolvidas com base em novos exames de ADN desde 1989, das quais 35 aguardavam a execução.

Apesar de os negros representarem apenas 13,6% da população americana, mais de metade das 3.300 pessoas cujas sentenças foram revogadas entre 1989 e 2022 eram negras.

"Finalmente estou livre", reagiu Mack, numa breve declaração.