“O desenvolvimento de uma rotulagem específica para cada produto que tenha na sua base leite obriga a um investimento de cerca de 400 mil euros”, disse Fernando Bernardo, que falava sobre o regime em causa no fórum “Leite – Produto Nacional de Excelência”, que decorreu em Lisboa.

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Apesar de notar a necessidade de um “avultado” investimento, o responsável disse que o novo regime constitui “uma oportunidade para a indústria nacional valorizar o leite produzido em Portugal”, criando, entre outras, a possibilidade “de melhorar os preços na produção primária”.

O diretor-geral da DGAV notou ainda que, além da origem do produto, os rótulos devem conter informação “clara e concisa” sobre as suas características e validade.

De acordo com a legislação aplicada, cada rótulo deve conter a indicação de origem do leite, o país de ordenha e o país de transformação.

Em 2017 foi publicado o decreto-lei que estabelece as normas nacionais relativas à origem do leite, que inclui ainda os produtos pré-embalados e aqueles que são fornecidos a estabelecimentos de restauração.

Entre os produtos abrangidos por este diploma encontram-se o leite e a nata, concentrados ou coalhados, o soro de leite, manteigas e outras matérias gordas provenientes do leite, bem como queijo e requeijão.

De acordo com os dados disponibilizados pela Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, em 2017, a produção de leite em Portugal atingiu as 1.864.602 toneladas, representando 1,3% da produção Europeia.

No período de referência, estavam registados 5.017 produtores de leite, com um efetivo de 244 mil vacas leiteiras. A produção de leite nacional, em 2017, correspondeu a 689,1 milhões de euros, o que equivale a 12% do valor da agricultura e 28% do valor da produção animal.