As autoridades de saúde norte-americanas consideraram em setembro que o uso por adolescentes de tabaco eletrónico atingiu níveis "epidémicos" e advertiram a indústria de que os cigarros com sabores poderiam ser banidos do mercado. Não foram proibidos, mas o seu consumo está agora a ser restringido.
A regulação anunciada pela agência federal de alimentos e medicamentos (FDA) vai permitir a venda de cigarros eletrónicos de sabores só em lojas, proibindo a sua comercialização via internet. Adicionalmente, a FDA propõe proibir as vendas de cigarros com sabor e com sabor a mental.
Estas propostas, cuja antecipação fez cair, esta semana, as ações da indústria do tabaco, vão estar sujeitas a um período de consulta pública até junho do ano que vem, antes de entrarem em vigor. O consumo de cigarros eletrónicos pelos estudantes de ensino secundário norte-americano aumentou 78% entre 2017 e 2018, segundo um estudo feito naquele país.
Não permitirei que uma geração de crianças se torne viciada em nicotina através dos cigarros eletrónicos
"Estes dados afetam a minha consciência", disse o comissário da FDA, Scott Gottlieb. "Estes aumentos devem ser detidos", conclui o médico. "Não permitirei que uma geração de crianças se torne viciada em nicotina através dos cigarros eletrónicos", afirmou.
Numa coluna publicada recentemente no The Washington Post, Gottlieb e o secretário de Estado da Saúde, Alex Azar, referiram-se ao assunto como uma "epidemia".
A FDA passou a regular os cigarros eletrónicos em 2016 e proibiu-os a menores de 18 anos.
As regras propostas procuram limitar a venda de todos os cigarros com sabores - menos tabaco, menta e mentol - só em lojas, "e se forem vendidos on-line, sob altas medidas de verificação de idade", disse a FDA em comunicado.
O motivo por trás da exclusão dos cigarros eletrónicos com sabor de menta e mentol é a sua popularidade entre adultos que procuram uma alternativa para diminuir o consumo de cigarros tradicionais.
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