Apenas 32% das crianças norte-americanas dos oito aos onze anos faz o mínimo de exercício sugerido, ou seja, 25 minutos três vezes por semana, afirmam os autores do trabalho publicado na revista Health Affairs.

Se esta proporção aumentasse para 50%, os Estados Unidos poderiam economizar 21,9 mil milhões de dólares em assistência de saúde, afirmam os investigadores da faculdade de saúde pública da Universidade Johns Hopkins. E caso 100% dos jovens americanos desta faixa etária fizessem 25 minutos de desporto três vezes por semana, poderiam ser economizados 62,3 mil milhões de dólares.

Atualmente existem 1,2 milhões de crianças obesas ou com excesso de peso nos Estados Unidos. "A atividade física não só faz com que as crianças se sintam melhor, como também as ajuda a ter hábitos de vida mais saudáveis, o que também é positivo para a economia do país", explicou Bruce Y. Lee, diretor do centro de prevenção da obesidade da Universidade Johns Hopkins, que dirigiu o estudo.

Investimentos a longo prazo

"O nosso estudo mostra que incentivar-se e investir-se no desporto quando as crianças são mais jovens proporciona enormes benefícios no futuro", acrescentou.

Nos Estados Unidos, cerca de uma em cada seis crianças tem obesidade ou excesso de peso, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC). Os estudos demonstram, ainda, que jovens que têm excesso de peso aos 18 anos correm mais riscos de ter excesso de peso na idade adulta. Já um terço dos norte-americanos adultos são obesos, o que aumenta consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e cancro.

Realidade em Portugal

Segundo dados da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), uma em cada três crianças tem excesso de peso.

Um estudo realizado em 2013-2014 por esta associação mostrou que 33,3% das crianças entre os 2 e os 12 anos tinham excesso de peso, das quais 16,8% eram obesas.

De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Europa com maior número de crianças afetadas por esta epidemia.

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