A greve parcial vai decorrer entre as 10:00 e as 12:00, com concentração à porta das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sob gestão do CHUA, no distrito de Faro, indicou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) em comunicado.
O CHUA gere os hospitais de Faro, Portimão e Lagos e os Serviços de Urgência Básica de Lagos, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António.
O sindicato justifica a paralisação pelo facto de a administração do centro hospitalar do Algarve “protelar, sem qualquer fundamentação, a concretização do compromisso de progredir os enfermeiros e pagar de acordo com essa progressão”.
A dirigente regional do Algarve do SEP, Sónia Lopes, disse à Lusa que, além da administração hospitalar não concretizar o compromisso assumido com os enfermeiros, “faz um entendimento mais recuado do Decreto-lei”.
O Decreto-lei 80-b/2022, publicado em Diário da República em 28 de novembro do ano passado, estabelece os termos da contagem de pontos em sede de avaliação do desempenho dos trabalhadores enfermeiros à data da transição para as carreiras de enfermagem e especial de enfermagem.
“O que para nós é claro, não é assim tão claro para o [conselho de administração] do CHUA e, por isso, não delibera tão favoravelmente para os enfermeiros”, argumentou.
Segundo Sónia Lopes, no CHUA são cerca de 500 os enfermeiros, na sua maioria com contratos individuais de trabalho, que aguardam pela regularização da sua situação”.
A dirigente sindical admitiu que a paralisação agendada para quinta-feira “pode vir a ser suspensa”, caso a administração do centro hospitalar decida pagar os retroativos e contabilizar os pontos de acordo como o entendimento do SEP.
Ainda de acordo com Sónia Lopes, o sindicato tem agendada uma reunião com a administração do CHUA para 07 de fevereiro e, caso não haja acordo nesse dia, tem “já em cima da mesa um pré-aviso de greve para o dia seguinte [08 de fevereiro], que vai abranger os turnos da manhã e da tarde, ou seja, entre as 08:00 e as 00:00”.
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