Os cortes nas horas extraordinárias dos profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, podem ter consequências na qualidade do serviço prestado aos utentes, alertou Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

«Para além do número de horas extraordinárias, que já hoje é feito por parte de enfermeiros para colmatar as carências, muitas instituições» estão a coagi-los, «no sentido de não exigirem o pagamento dessas horas como extraordinárias», acusou a responsável.

Numa altura em que já há falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, Guadalupe Simões receia que seja também anulada a promessa de aumentar, em Janeiro, os enfermeiros que ganham menos que 1.200 euros.

«Todas as negociações com o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Administração Pública e responsáveis do Ministério das Finanças vão resultar em nada em função daquilo que são as opções politicas deste Governo», considerou, em declarações à rádio TSF.

Fonte: Lusa

2010-10-04