Sanada a questão das sanções europeias a Portugal, o presidente do SEP afirma não haver motivos para que as negociações com os ministérios da Saúde e Finanças continuem suspensas.

Em declarações aos jornalistas junto ao Hospital de São José, em Lisboa, José Carlos Martins adiantou que já começaram a ser emitidos pré-avisos de greves semanais por instituições. A primeira paralisação está agendada para a semana de 9 a 12 de agosto no Instituto Português de Oncologia de Coimbra, hospital de Figueira da Foz e Centro Hospitalar do Algarve.

Hoje, os enfermeiros cumprem o primeiro dia de greve a nível nacional, depois de na quinta-feira terem estado em paralisação em cinco distritos.

Dados do SEP indicam que a adesão à greve foi de 78,6% no turno da noite e da parte da manhã situa-se entre os 70 a 90%.

Quanto às negociações com o Governo, o Sindicato vai ainda hoje enviar cartas ao primeiro-ministro e outros membros do Executivo a exigir que se voltem à sentar à mesa para debater a reposição das 35 horas de trabalho semanais para todos, incluindo os profissionais com Contratos Individuais de Trabalho, que mantêm o regime das 40 horas.

Os funcionários do setor da saúde e os enfermeiros iniciaram quinta-feira uma greve de 48 horas para exigir a reposição das 35 horas semanais a todos os trabalhadores e celebração de um acordo coletivo de trabalho, bem como pelo pagamento de horas extraordinárias.

O Governo considerou que o primeiro dia de greve dos trabalhadores da saúde não teve um impacto significativo na vida dos doentes e das instituições, mas estima que esta sexta-feira (29.07) possa ser mais sentida.

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