
Um enfermeiro, que iniciou a atividade profissional num hospital central em 1975, disse ao Jornal de Notícias que desde essa altura tem visto vários pacientes a serem ajudados a morrer.
Sob anonimato, o enfermeiro refere que existem várias formas indolores de ajudar os doentes a morrer, sendo que uma das técnicas mais comuns é a injeção de ar nas veias, prática que provoca uma morte sem dor e semelhante a um ataque cardíaco, refere o enfermeiro.
No caso dos doentes oncológicos terminais ou com insuficiência respiratória, as bolas de morfina confortam o doente e antecipam a morte, terá acrescentado o enfermeiro.
Outras das técnicas é apontada pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco: "Houve médicos que sugeriram, por exemplo, administrar insulina àqueles doentes para lhes provocar um coma insulínico", disse em entrevista à Rádio Renascença. A bastonária referiu depois que nunca viu ninguém a fazê-lo, mas as declarações provocaram reações em catadupa.
O ministro da Saúde disse não acreditar que os profissionais de saúde não cumpram a lei no caso da eutanásia e sublinhou que a bastonária da Ordem dos Enfermeiros terá de explicar melhor as suas palavras. Entretanto, o mesmo ministério encaminhou o caso para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
Também a Ordem dos Médicos anunciou que vai apresentar queixa ao Ministério Público e à IGAS contra a bastonária dos Enfermeiros.
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