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OMS considera que défice de iodo é principal causa evitável de atraso mental
23 de janeiro de 2014 - 09h32
A importância de se tomar iodo durante a gravidez para reduzir o risco de lesões cerebrais nos bebés, é um dos temas que estará hoje em debate na abertura do XV Congresso Português de Endocrinologia, em Vilamoura.
O tema vai ser aprofundado pelo especialista dinamarquês e ex-presidente da Sociedade Europeia da Tiroide, Peter Laurberg, que apresenta às 11:00 a conferência "Iodo, doenças da tiróide e o risco de lesões cerebrais nos fetos", num hotel em Vilamoura.
Em declarações à Lusa, o presidente da comissão organizadora do congresso considerou tratar-se de uma questão de saúde pública e alertou para a importância de tomar iodo durante a gravidez - tal como o ácido fólico, mais habitualmente administrado -, e de as mulheres confrontarem o seu médico.
João Jácome de Castro explicou que a norma recentemente emitida pelo Ministério da Saúde, que recomenda a administração de iodo a grávidas, surgiu após um estudo que revelou que 80% das grávidas portuguesas apresentam défice deste elemento.
“A Organização Mundial de Saúde considera que o défice de iodo é a principal causa evitável de atraso mental”, reforçou aquele especialista, acrescentando que o tratamento é simples e custa menos de dois euros por mês.
João Jácome de Castro defendeu a divulgação desta matéria junto da população como forma de sensibilização e para que as grávidas possam falar com os seus médicos.
A comissão organizadora prevê a participação de mais de 700 médicos nacionais e estrangeiros no XV Congresso Português de Endocrinologia e para a 65.ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo em Vilamoura até domingo.
Lusa
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