Esse ritmo conduz a um "terreno perigoso", afirmam os cientistas citados pela agência de notícias France Presse.
Esses registos superam inclusivamente a perturbação climática que marcou a passagem do período Paleoceno para o Eoceno, há 56 milhões de anos, segundo o estudo.
Naquele tempo, as temperaturas globais subiram mais de 5°C por causa do impacto dos gases com efeito de estufa. Como consequência, muitas espécies desapareceram, particularmente nos oceanos.
As emissões atuais, de origem humana (uso de combustíveis fósseis, em particular), têm causado um aumento na temperatura da Terra de 1 ° C em relação à Era pré-industrial. É esperado um aumento de 3 a 4°C até 2100 caso nenhuma medida drástica seja tomada.
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"A taxa de emissões é absolutamente crítica", explica Andy Ridgwell, paleoclimatologista da Universidade de Bristol, coautor do estudo com dois cientistas da Universidade do Havai e da Universidade da Califórnia.
Para estimar o ritmo das emissões de 56 milhões de anos, os investigadores estudaram sedimentos recolhidos no estado americano de Nova Jérsia.
Os isótopos de oxigénio (marcadores de temperatura) e de carbono (marcadores dos gases com efeito de estufa) demonstram que as emissões de há 56 milhões de anos foram feitas lentamente. Durante cerca de 4.000 anos concretamente, a uma taxa de mil milhões de toneladas de carbono por ano.
Atualmente, as atividades humanas causam emissões de cerca de 10 mil milhões de toneladas de carbono, dez vezes mais.
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