Isto acontece depois que vários países anunciaram a suspensão do uso do fármaco da AstraZeneca, alegando o princípio de "precaução", diante de casos graves de coágulos em algumas pessoas vacinadas.

A agência reguladora da União Europeia (UE) com sede em Amsterdão indicou, no entanto, que a vacina da AstraZeneca poderia continuar a ser utilizada.

No seu comunicado desta sexta-feira, a EMA afirma ter "recomendado uma atualização da informação sobre o produto que inclua anafilaxia e hipersensibilidade (reações alérgicas) como efeitos secundários".

A recomendação "baseia-se numa análise de 41 possíveis casos de anafilaxia observados em quase cinco milhões de vacinações no Reino Unido", explicou a agência, cujo comité é responsável por avaliar os riscos dos medicamentos.

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"Após uma análise profunda dos dados, (o comité) considerou que havia uma relação provável com a vacina em pelo menos alguns dos casos", completou.

A EMA explicou, no entanto, que a anafilaxia, ou o que chama de "reações alérgicas graves", já é "um efeito secundário conhecido que pode acontecer, de forma muito rara, com vacinas".

As informações sobre o fármaco AstraZeneca/Oxford já indicam que as pessoas vacinadas devem permanecer sob "estreita vigilância durante pelos menos 15 minutos" após a sua aplicação, em caso de reações alérgicas.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.630.768 mortos no mundo, resultantes de mais de 118,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.650 pessoas dos 813.152 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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