Um distúrbio responsável pela produção de colagénio em excesso fez com que uma britânica de 61 anos ficasse com a pele de uma mulher de 40 anos.
Moradora de Colchester (leste da Inglaterra), Susan Johnson – cujo caso foi revelado pelo jornal Daily Gazette – sofre de uma rara doença chamada Esclerodermia.
A Esclerodermia ou Esclerose Sistémica (ES) é uma doença reumática crónica caracterizada por alterações vasculares, produção de anticorpos dirigidos contra partes do próprio corpo (auto-anticorpos) e aumento da produção de tecido fibroso quer na pele, quer em órgãos internos do corpo.
As células do tecido conjuntivo das pessoas com esta doença formam em excesso uma proteina chamada colagénio.
O colagénio, presente em muitos cremes anti-envelhecimento é o cimento que mantém as células do corpo unidas. Pouca produção de colagénio implica que o corpo perca a sua estrutura normal, ao passo que uma produção em demasia faz com que o corpo fique rígido e não consiga funcionar normalmente.
Os sintomas da patologia qsão semelhantes ao do reumatismo, mas a esclerodermia pode também afetar órgãos internos, embora caso da britânica, só a pele tenha sido afetada.
“Tenho 61 e digo ao meu marido, Keith, que parece que ele está casado com uma mulher de 30 anos”, diz ela.
Tratamento
Para tratar a doença, que afecta três vezes mais mulheres do que homens,Susan recorre diariamente a esteroides, remédios para circulação sanguínea e imunossupressores.
Não há causas conhecidas para a esclerodermia, mas sabe-se que ela não é contagiosa nem hereditária e que costuma se manifestar entre os 25 e os 55 anos.
Por enquanto, não exista cura, apenas um tratamento que alivia os seus sintomas.
18 de Novembro de 2010
Fonte: BBC e Liga Portuguesa contra as doenças reumáticas
Imagem: Essex News and Pictures
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