A informação surge um dia após o Bloco de Esquerda (BE) ter solicitado a audição urgente no Parlamento da administração do CHBV e da diretora demissionária do Serviço de Urgência. Numa nota enviada à comunicação social, o CHBV refere que “apenas existe uma situação única de pedido de demissão da diretora”.

O CHBV esclarece ainda que “não existiu qualquer pedido coletivo de demissão por parte de 40 médicos clínicos gerais”, adiantando que os mesmos “são prestadores de serviços independentes e continuam a colaborar normalmente e sem quaisquer ruturas nas equipas”.

10 conselhos de um médico para ter uma saúde de ferro
10 conselhos de um médico para ter uma saúde de ferro
Ver artigo

“Importa reafirmar que a segurança e a qualidade dos cuidados prestados no serviço de urgência estão asseguradas não havendo qualquer prejuízo da normal atividade”, lê-se na mesma nota.

Demissão há uma semana

A diretora do Serviço de Urgência do CHBV apresentou a sua demissão ao conselho de administração no início deste mês e, posteriormente, 40 outros médicos da urgência solidarizaram-se com a mesma.

Inicialmente, a diretora avisou que estaria em funções até à passada segunda-feira, mas, após uma reunião com a administração do CHBV, "aceitou ficar em funções interinamente até 13 de outubro", disse à Lusa fonte hospitalar.

O BE considerou “ser da maior importância” que o parlamento, através da Comissão de Saúde, ouça a diretora do Serviço de Urgência demissionária, assim como o conselho de administração do CHBV.

“É preciso perceber quais são as reais condições na Urgência deste centro hospitalar, em particular na Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital de Aveiro, e quais as medidas reivindicadas pelos profissionais de saúde, de forma a melhorar o atendimento aos utentes”, justifica o BE.

Já depois de ter apresentado o seu pedido de demissão, a diretora do Serviço de Urgência reuniu com a administração do CHBV, tendo-lhe sido pedida uma lista de medidas necessárias para se manter no cargo.

Algumas dessas medidas passam pela “possibilidade de enviar, sempre que entender, doentes para internamento, ter sempre um chefe de equipa e haver respeito pelas normas internas que estabeleceu, tudo para melhorar as condições de trabalho e defender os doentes”, sendo esses aspetos que o BE quer ver clarificados.