04 de dezembro de 2013 - 13h42
A UNESCO classificou esta quarta-feira, sem discussão, a dieta mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade, no decorrer da 8.ª sessão do comité intergovernamental da organização, que decorre desde segunda-feira e até ao próximo sábado, dia 7, em Baku, capital do Azerbeijão.
A mesma informação foi confirmada à Lusa pelo presidente
da Câmara de Tavira, Jorge Botelho.
A passagem da dieta mediterrânica à lista do património da humanidade foi feita em dois minutros e sem objeções.
"Sem objecções porque todos gostam desta comida", disse em Baku o presidente da mesa.
A classificação diz respeito a uma candidatura transnacional, apresentada por Portugal aliado à Croácia e Chipre, mas também à Espanha, Marrocos, Itália e Grécia – estes últimos quatro países tinham já os seus nomes e a dieta mediterrânica respectiva inscritos nos bens patrimoniais da UNESCO desde 2010, mas associaram-se agora aos outros três numa candidatura renovada e mais abrangente.
Trata-se da segunda inscrição portuguesa nesta categoria de bens classificados pela UNESCO, depois do fado, e Portugal partilha-a com a Espanha, Marrocos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia.
A nova inscrição foi seguida em Baku por uma delegação encabeçada pelo presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, que foi a cidade que elaborou a candidatura.
Integraram também a delegação Jorge Queiroz, diretor do Museu Municipal de Tavira e coordenador da candidatura; João Begonha, chefe de gabinete da ministra da Agricultura (que patrocinou a candidatura), Victor Barros, coordenador da Comissão Nacional da Dieta Mediterrânica, e Rita Brasil, da representação portuguesa da UNESCO.
A dieta mediterrânica, com origem no termo grego "daiata", é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, confeção e consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.
SAPO Saúde com Lusa
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