A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou os profissionais de saúde para o risco de importação de casos de sarampo durante o verão devido à maior circulação de turistas e emigrantes provenientes da Europa, África ou Ásia.

Numa circular dirigida aos médicos e enfermeiros do sistema de saúde, publicada no site da DGS, o diretor-geral da Saúde refere que “a situação epidemiológica descrita a nível mundial aumenta a probabilidade de importação de casos da doença, através de viajantes infetados e de, a partir desses casos, poderem surgir surtos em Portugal” como aconteceu em 2005, 2009, 2010 e também já este ano.

Assim, os médicos devem ter em consideração “o risco de importação de sarampo durante o verão, devido à maior circulação no nosso país de viajantes (turistas e migrantes) provenientes da Europa, África ou Ásia”, salienta Francisco George.

Nos últimos anos têm vindo a ocorrer surtos de sarampo na Europa, tendo sido registados, em 2011, mais de 32 mil casos, incluindo oito mortes e 27 casos de encefalite.

A doença ainda é endémica em vários países asiáticos e africanos, nomeadamente em Angola.

Perante este risco, a DGS relembra aos profissionais de saúde várias normas e orientações que devem cumprir para reforçar a vigilância epidemiológica da doença.

O médico que diagnostique um caso de sarampo possível ou provável deve alertar de imediato o delegado de saúde regional da área de residência do doente, a quem cabe avisar a Unidade de Apoio às Emergências de Saúde Pública da Direção-Geral da Saúde.

Todos os casos têm de ser confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. A nota da DGS lembra ainda que os viajantes até aos 18 anos que tenham as vacinas do Programa Nacional de Vacinação em atraso devem dirigir-se ao centro de saúde para atualizar o plano de vacinas

Apesar das recomendações de vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos anos têm vindo a ocorrer surtos de sarampo na Europa, em grande parte dos 42 países europeus sob a vigilância da OMS.
O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, que se transmite apenas ‘pessoa-a-pessoa’.

Lusa 

2012-07-30