18 de setembro de 2013 - 12h45
O presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) revelou hoje que a despesa pública em medicamentos face ao Produto Interno Bruto (PIB) atingirá os 1,13 por cento este ano, superior à meta da troika de um por cento.
À margem de uma conferência promovida pela Apifarma sobre “Inovação biofarmacêutica e biossimilares”, João Almeida Lopes disse aos jornalistas que a meta que o governo definiu no âmbito do programa de emergência de um por cento do PIB é “inatingível”.
“É uma meta descontextualizada da realidade”, sublinhou, lembrando que inicialmente este valor seria apenas para o mercado ambulatório e só mais tarde é que foi imposto para o hospitalar.
João Almeida Lopes estima que, este ano, a despesa pública em medicamentos deve atingir os 1,13 por cento do PIB, o que significa que a meta não será atingida.
Sobre os valores para 2013 do acordo entre os Ministérios da Saúde, da Economia e do Emprego e das Finanças e a Indústria Farmacêutica para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para garantir o acesso ao medicamento, João Almeida Lopes disse que estes ainda estão a ser definidos.
Para 2012, as empresas aderentes a este acordo aceitaram colaborar numa redução da despesa no valor de 300 milhões de euros, face a 2011, através da diminuição da despesa pública do mercado hospitalar de 170 milhões de euros e do mercado ambulatório de 130 milhões de euros.

Lusa