Desenvolvido no âmbito de um projeto intitulado SAFECARE - Supervisão Clínica para a segurança e qualidade dos cuidados, este novo método, que será apresentado, na sexta-feira, no Porto, no Congresso de Supervisão Clínica em Enfermagem, tem como objetivo a adoção de estratégias de supervisão clínica mais efetivas e dirigidas para a qualidade e segurança de cuidados.

Segundo o grupo de investigadores, o SAFECARE, que obteve um financiamento europeu de cerca de 150 mil euros, reúne um conjunto de métodos de gestão, de organização de equipas e de recolha e monitorização de indicadores de saúde que aumenta a eficácia dos serviços.

A metodologia adotada que, “pela primeira vez, atesta cientificamente a relação da supervisão clínica com a qualidade e segurança dos cuidados”, tem já resultados comprovados, nomeadamente no que se refere à avaliação e prevenção do risco de queda de doentes hospitalizados e na melhoria nas competências dos enfermeiros para intervir no autocuidado.

Segundo Luís Carvalho, presidente da ESEP e investigador do CINTESIS, “os resultados preliminares permitiram perceber que o projeto vai ter um impacto muito significativo no exercício profissional dos enfermeiros e, também, nos resultados da organização na qual o modelo será implementado, no que se refere à qualidade e segurança dos cuidados prestados aos clientes”.

Neste momento, a implementação do novo modelo de Supervisão Clínica está a decorrer na Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM).

Mas “o objetivo é chegar a mais unidades, pelo que já está prevista a implementação deste novo método de supervisão clínica nos dois maiores hospitais do Porto – o Centro Hospitalar do Porto e o Centro Hospitalar de São João”, revelam os investigadores.

Financiado por parte da União Europeia através do FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Portugal 2020, o SAFECARE será apresentado e debatido perante mais de 200 profissionais de saúde, durante o III Congresso de Supervisão Clínica em Enfermagem, que se realiza no sábado, no Auditório da ESEP.