As conclusões são de um estudo Universidade da Califórnia em São Francisco, com base em dados de 7.570 homens e mulheres, e publicado na revista cientifica JAMA Dermatology.

Benjamin Breyer, autor do estudo e vice-presidente do Departamento de Urologia desta instituição de ensino, concluiu que as pessoas que reportavam lesões perigosas da pele eram as que se depilavam com maior frequência e numa maior extensão da pele.

Segundo o estudo, de 7.456 dos voluntários analisados, 5.674 (76,1%) relataram já terem depilado os pelos púbicos. E destes, 1.430 (25,6%) sofreram de algum tipo de ferimento no processo.

A revista Time escreve que as lesões mais comuns são queimaduras, cortes e erupções cutâneas. Os investigadores destacam, no entanto, que em 79 casos (1,4%) houve necessidade de interveção médica devido à gravidade das lesões.

O estudo conclui ainda que 60% de todas as lesões são provocadas por cortes, o que aumenta o risco de exposição do corpo humano a uma infeção. Um outro estudo publicado em 2016 já tinha alertado para o facto das pessoas que depilam os pelos púbicos estarem mais propensas a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

O estudo conduzido por Benjamin Breyer também permitiu verificar que, tanto em homens como em mulheres, a frequência e o grau da depilação, como a retirada total dos pelos múltiplas vezes, são fatores de risco para a ocorrência de ferimentos na pele.