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Depilação com lâmina ou cera entre os métodos desaconselhados
21 de março de 2013 - 11h55
Um estudo feito em França relacionou o aumento do número de infeções sexuais na população feminina e masculina do país à crescente popularidade das depilações pubianas — entre elas, a chamada depilação à brasileira, que remove a maior parte dos pelos da região.
As conclusões do trabalho foram publicadas na segunda-feira na revista Sexually Transmitted Infections, que pertence ao British Medical Journal (BMJ).
A doença em questão é o molusco contagioso (Molluscum contagiosum), que é causada por um vírus que provoca pequenas protuberâncias de cor branca ou rosada na pele.
O vírus responsável pela infeção é transmitido por contato físico e é mais comum na infância. Porém, pode ser transmitido por contato sexual, provocando lesões genitais que desaparecem entre um a dois anos, sem a necessidade de tratamento.
De acordo com os autores do estudo, o número de casos dessa infeção transmitidos durante o contacto sexual cresceu.
Para descobrir o que estava relacionado com esse aumento, os investigadores analisaram 30 casos, de ambos os sexos, de infeção pelo vírus registados entre 2011 e 2012 numa clínica de Nice.
Segundo o estudo, quase todos os pacientes (93%) removeram os pelos pubianos. A maioria (70%) eliminou-os com lâminas, outros optaram por cortá-los (13%) ou removê-los com cera (10%).
Os autores do trabalho concluiram que as pequenas lesões na pele causadas pela depilação facilitaram a propagação da infeção.
"Apesar de pequeno, o estudo sugere que a depilação (com exceção da feita com laser) pode ser um fator de risco para doenças sexualmente transmissíveis menos graves, como o molusco contagioso", escreveram os autores no artigo.
SAPO Saúde
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