Pela primeira vez, os Estados membros da OMS vão escolher a partir de uma lista de três candidatos. Antes, o Conselho Executivo apresentava um único nome à Assembleia Mundial da Saúde, que procedia a nomeação final.
Os três candidatos na disputa são os médicos Tedros Adhanom Ghebreyesus (Etiópia, 52 anos), David Nabarro (Reino Unido, 67 anos) e Sania Nishtar (Paquistão, 54 anos).
Margaret Chan foi eleita pela primeira vez para o cargo em 2006 e concluirá o segundo mandato a 30 de junho.
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde foi criticada por gastar por ano em viagens e hotéis de luxo cerca de 200 milhões de dólares (179 milhões de euros), mais do que despende no combate a alguns dos maiores problemas de saúde, como o relativo ao VIH/SIDA.
Reunião
A eleição do novo diretor ou diretora da OMS acontece durante a 70ª Assembleia Mundial da Saúde (22 a 31 de maio). Durante a reunião, os membros da organização devem aprovar o orçamento para 2018/2019 e debater vários temas, como a resposta às emergências de saúde, passando pela erradicação da varíola ou a escassez mundial de medicamentos e vacinas.
Antes da votação, os três finalistas devem discursar perante os representantes dos 194 Estados. "Só poderão entrar na sala as delegações dos Estados membros", disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. A eleição acontecerá com portas fechadas e o voto é secreto. A eleição do diretor-geral exige maioria de dois terços dos votos. Se nenhum candidato alcançar o número exigido, o candidato com menos votos será eliminado. Na votação seguinte, o candidato com a maioria de dois terços será anunciado como novo diretor-geral.
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