Doug Melton, professor na Universidade de Harvard, no Massachusetts, EUA, tem dois filhos que desenvolveram diabetes 1 e que, no entanto, se mostraram céticos em relação à descoberta do pai. Trata-se de uma investigação que vai tentar revolucionar o tratamento da diabetes tipo 1. «Estamos a um passo da meta», comentou Doug Melton numa entrevista à BBC. De acordo com Melton, diretor do Instituto de Células Estaminais de Harvard, basta transplantar células produtoras de insulina. Parece simples, mas a verdade é que envolve tecnologia muito complexa.
Resumidamente, o grupo de cientistas liderado por Doug Melton conseguiu criar uma grande quantidade de células capazes de produzir insulina a partir de células estaminais. Contudo, apesar de ser um grande avanço médico, os testes em animais só começaram agora. Resta saber se os ensaios clínicos vão confirmar a cura. Embora esta doença autoimune represente menos de 10% do total de casos de diabetes, a sua incidência está a aumentar. Estima-se que o fenómeno esteja relacionado com fatores que aceleram a destruição das células beta.
Tais como o aumento da altura, de peso, uma má alimentação e maior exposição a infeções virais. O sistema imunitário de uma pessoa que sofre de diabetes tipo 1 destrói as células produtoras de insulina do pâncreas, o que obrigada a injeções diárias dessa hormona, sem as quais não sobrevivem. De acordo com dados internacionais, a diabetes tipo 1 atinge cerca de 0,2 % da população mundial. Em Portugal, nessa linha de valores, estima-se que existam cerca de 20 mil casos.
Prevalência da diabetes nas crianças e jovens portugueses
Segundo o Observatório Nacional da Diabetes, a incidência da diabetes tipo 1 tem vindo a aumentar. Em 2012, 3200 crianças e jovens portugueses, entre os 0 e os 19 anos, sofriam da doença. Mais 20 novos casos do que no ano anterior. A diabetes tipo 1 costuma aparecer repentinamente. Porém, como todas as doenças, apresenta alguns sintomas clássicos. Esteja particularmente atento aos seguintes:
- Sede anormal
- Vontade constante de urinar
- Fadiga
- Muito apetite
- Perda de peso
- Infeções recorrentes difíceis de curar
- Visão turva
Texto: Filipa Basílio da Silva
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