
A bastonária afirmou à Lusa que os cuidados de saúde primários são neste momento “uma manta de retalhos”, em que “se tapa de um lado e se destapa do outro”.
Ana Rita Cavaco lembra que as unidades de cuidados na comunidade são uma “pedra fundamental” das unidades de saúde familiar (USF) e dos cuidados de saúde primários.
As unidades na comunidade prestam cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e comunitário, essencialmente a pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência física e funcional, fazendo ainda educação para a saúde.
“Estas unidades estão votadas ao abandono e as equipas de cuidados de continuados integrados também estão. Não têm recursos humanos, nem equipamentos, nem material, nem carros”, afirmou a bastonária à agência Lusa. Para Ana Rita Cavaco, “deixando ao abandono” estas unidades e equipas “condena-se ao fracasso as USF”.
A bastonária reconhece que o número de USF que o Governo definiu para criar este ano (30) é insuficiente, mas diz que, além de criar mais dessas unidades, é preciso apostar nos cuidados na comunidade e nas equipas que prestam cuidados continuados integrados.
Sobre as insuficiências de recursos nas unidades de cuidados na comunidade, a bastonária exemplifica com a escassez de viaturas para realizar cuidados domiciliários e diz que a partir das 17:00 uma família com um idoso acamado que precise de ajude se vê obrigado a recorrer a uma urgência hospitalar.
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