21 de março de 2014 - 15h55
O governo de Cuba duplicou o salário dos médicos e dentistas, que vão ganhar 64 dólares mensais, pouco mais de 46 euros, informou esta sexta-feira o jornal oficial Granma.
O aumento, que será pago a partir de 1 de junho, "contribuirá para a estabilidade e a qualidade dos serviços médicos da população, assim como para cumprir os compromissos internacionais", lê-se no jornal. A decisão foi adotada na quarta-feira numa reunião do Conselho de Ministros, liderada pelo presidente Raúl Castro.
Segundo uma tabela publicada pelo Granma, o salário de um médico com duas especialidades passará de 627 pesos (25 dólares) oara 1.600 pesos (64 dólares), um aumento de 155%.
O salário médio em Cuba equivale a 20 dólares mensais, razão pela qual os médicos - que tinham um défice salarial em comparação com os restantes funcionários da saúde - estarão entre os funcionários públicos mais bem pagos da ilha, ainda que abaixo do que auferem colegas de outros países da América Latina.
Os enfermeiros também receberão aumentos substanciais, embora menores que os dos médicos e dentistas. Uma enfermeira especialista passará de 562 pesos (22,5 dólares) a 940 (37,6 dólares), escreve o Granma.
Cuba tem a maior quantidade de médicos por habitantes do mundo, segundo a ONU. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, Cuba tinha 82.000 médicos, 14.000 dentistas e 92.100 enfermeiros no fim de 2012, todos funcionários estatais.
Mais de 50.000 médicos e paramédicos cubanos trabalham em 66 países, como Venezuela, Brasil e África do Sul, o que constitui a principal fonte de renda da ilha comunista. Granma declarou que a exportação de serviços médicos fornecerá neste ano a Cuba mais de 8,2 mil milhões de dólares, o que supera a exportação de produtos, de 5 mil milhões anuais.
SAPO Saúde com AFP