O anúncio da morte do menor foi feito este sábado pelo Hospital de Vall d'Hebron, em Barcelona, onde a criança estava internada com difteria desde o fim de maio.

O tratamento foi adiado devido à dificuldade em encontrar a antitoxina na Europa, que acabou por ser fornecida pela Rússia.

Nove crianças e um adulto, todos próximos da criança, também foram contagiados, sem no entanto desenvolver a doença, já que todos estavam vacinados. Este é o primeiro caso, em 28 anos, de morte por difteria em Espanha.

O contágio da criança, que os pais se recusaram a vacinar por receio dos efeitos secundários, relançou a polémica sobre os riscos das vacinas e a ausência de vacinação, escreve a agência France Presse.

"Lançamos um apelo aos pais: que vacinem os seus filhos", declarou no sábado o responsável da saúde da região da Catalunha, Boi Ruiz, durante uma conferência de imprensa.

"Não há risco zero [na vacinação]. Mas o que não se pode fazer é utilizar o facto de não haver risco zero para criar medo nos pais em relação às vacinas", acrescentou.

A taxa de vacinação de crianças contra as doenças difteria-tétano-tosse convulsa é de 84% a nível mundial, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.