O processo de vacinação começou hoje com 24 profissionais de saúde da GNR, tendo os dois primeiros sido uma médica e um enfermeiro, na presença da secretária de Estado da Administração Interna.

Patrícia Gaspar frisou "que hoje é um dia importante para o processo de vacinação global que está a decorrer felizmente sem percalços até agora" e reforçou a importância dos profissionais de saúde da GNR hoje vacinados, enquanto elementos que estão na linha da frente no combate à pandemia.

"Este é um processo [de vacinação] muito sensível que tem vindo a ser gerido com a máxima cautela. Começámos com os hospitais, com os centros de saúde, os lares e as unidades de cuidados continuados e agora estamos a vacinar os profissionais de saúde do centro clínico da Guarda Nacional Republicana. Vamos incluir também o hospital das forças armadas e o hospital prisional de S. João de Deus", garantiu.

Depois desta fase, prevê-se que sejam identificados vários pontos do país para a vacinação em massa, tendo Patrícia Gaspar observado que, à semelhança do resto da população, a vacina não é obrigatória para as forças de segurança.

A secretária de Estado da Administração Interna lembrou ainda que "hoje chegou um novo reforço de vacinas e isso vai permitir também, se tudo correr conforme o previsto, já no mês de fevereiro começar a vacinar outros profissionais que estão também na linha da frente: os bombeiros, a Polícia de Segurança Pública (PSP, os restantes militares da GNR e também a Cruz Vermelha.

"Os restantes operacionais da proteção civil, nomeadamente ao nível dos comandos quer nacional, quer distrital, entrarão numa fase subsequente", acrescentou.

O plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal começou em 27 de dezembro nos hospitais, a primeira fase decorre até final de março e abrange os profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos.

A partir de fevereiro, pessoas de idade igual ou superior a 50 anos com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

A segunda fase arranca a partir de abril e inclui pessoas de idade igual ou superior a 65 anos e pessoas entre os 50 e os 64 anos, inclusive, com pelo menos uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e outras doenças com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico.

Na terceira fase, será vacinada a restante população, em data a determinar.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.080 pessoas dos 496.552 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.