A receção dos bens de natureza pessoal, nomeadamente roupa lavada, produtos de higiene, água, equipamentos de comunicação, livros, entre outros, está a ser feita através do serviço informativo e o mesmo acontece no trajeto oposto, ou seja, na devolução de roupa usada ou de objetos considerados gastos ou desnecessários.

De acordo com fonte do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), do qual o Hospital de Santo António faz parte, os horários destas operações é das 11:00 às 12:00 e 17:00 às 18:00 e são os assistentes operacionais do serviço ou unidade que permutam os bens com o Serviço Informativo, sem contacto entre doentes internados e familiares. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

"Não se aceitam peças de ourivesaria, cartões bancários ou outros objetos de valor relevante. Os bens deverão ser bem embalados e inequivocamente identificados, quer na entrega, quer na devolução. O Serviço Informativo notifica o serviço ou unidade de internamento, imediatamente após a receção" - são estas as mensagens que estão a ser divulgadas junto de familiares de doentes no âmbito de medidas relacionadas com o surto Covid-19, doença que Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje como pandemia.

Já conforme a agência Lusa constatou no local, este hospital também adotou medidas de contingência na farmácia do centro hospitalar, nomeadamente a proibição de contacto entre os utentes que recorrem a esta unidade farmacêutica para levantar medicação.

Em causa os utentes com doenças crónicas ou neurodegenerativas, entre outras.

A assinatura dos utentes para dar baixa de medicação também deixou de ser feita, com estes a não poderem aproximar-se do balcão a uma distância inferior à agora sinalizada no chão com uma linha vermelha.

A entrega de medicação está, igualmente, a ser reforçada, situação diferente da registada em períodos anteriores, uma vez que o levantamento de embalagens de medicamentos estava limitado por razões relacionadas com o stock disponível.

Quanto à entrada no hospital por utentes para aceder à farmácia, esta é agora controlada por segurança.

Estas medidas acontecem no CHUP, unidade hospitalar que colocou, na terça-feira, em funcionamento um "circuito próprio e absolutamente independente do serviço de urgência" dedicado a casos suspeitos relacionados com o surto de Covid-19.

A porta de entrada deste circuito, que fica próxima da entrada da urgência geral do Hospital de Santo António, no Porto, dá acesso a um espaço onde foram montados quatro gabinetes médicos, sete espaços de isolamento e uma enfermaria.

Anteriormente o mesmo espaço era ocupado por uma cafetaria e por um átrio de acesso à receção das consultas externas, tratando-se de uma zona que o Hospital de Santo António tinha atribuída para eventuais "grandes acidentes ou catástrofes", conforme descreveu aos jornalistas o diretor clínico do CHUP, José Barros.

O novo coronavírus foi detetado em dezembro na China, estando, segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS), registos em Portugal 59 infetados.

A Covid-19 já provocou mais de 4.200 mortos, sendo que cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 471 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Segundo a DGS, há ainda 3.066 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Acompanhe aqui, ao minuto, todas as informações sobre o novo coronavírus em Portugal e no mundo.

Os vírus e os coronavírus: quais as diferenças?