“Para a próxima semana, atingiremos, com a ajuda dos portugueses, dos últimos portugueses que têm que vir à vacinação, 85 ou 86% [da taxa de vacinação]. E o processo em termos de primeiras doses está completo. Depois é o processo de segundas doses”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, na Guarda.

Gouveia e Melo visitou hoje o Centro de Vacinação da Guarda, instalado na Pavilhão Municipal de São Miguel, a convite do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde, e recebeu a Medalha de Excelência e Dedicação do Município “pelo serviço exemplar que tem prestado à Nação”.

“Nós somos um povo extraordinário, um povo esclarecido, que tem um saber e uma cultura muito enraizada e estou convencido que vamos encurralar o vírus da única forma que há, que é tirar-lhe toda a capacidade de manobra, tirar-lhe ‘toda a água para ele nadar,’, como eu digo muito nas minhas analogias marítimas, e ‘secar’ esse vírus. Hoje, estive a ver as estatísticas, estamos a 81,6% de vacinação”, afirmou.

Questionado sobre a vacinação, futuramente, nos centros de saúde, adiantou que a comissão técnica de vacinação elencou um conjunto de pessoas que face às suas características de fragilidade relativamente ao seu sistema imunitário deve ter uma dose adicional.

O processo está a decorrer, informou, lembrando que fez uma estimativa “de cerca de 100 mil pessoas” nessa situação.

“Não é necessário fazer uma ‘Task Force’ para vacinar 100 mil pessoas”, admitiu, apontando que o Serviço Nacional de Saúde “vacinava, normalmente, entre dois a três milhões de pessoas no inverno”.

“O sistema de Saúde tem capacidades e os portugueses têm de acreditar no sistema de Saúde”, vincou.

Sobre a vacinação de jovens com mais de 12 anos, o coordenador nacional do Plano de Vacinação contra a covid-19 disse que tem “uma expectativa elevada”.

“Nós temos cerca de 180 mil jovens ainda por vacinar, nessa faixa etária”, lembrou.

Disse, depois, que enquanto coordenador do plano, se preocupou em “garantir flexibilidade” aos jovens, que têm um “fim de semana exclusivo” e depois “casa aberta”, de forma a facilitar o início das aulas.

A covid-19 provocou pelo menos 4.451.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,1 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.658 pessoas e foram contabilizados 1.022.807 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.