O novo caso é de uma mulher que tinha sido o único membro de uma família de seis pessoas com resultado negativo no primeiro teste, mas acabou por se infetar e testar positivo no segundo teste, porque, "mesmo correndo o risco" de contrair a infeção, o que acabou por acontecer, quis ficar junto dos dois filhos crianças, que estão entre os restantes cinco familiares infetados, explicou Marcelo Guerreiro.
O primeiro caso positivo de covid-19 no lar da aldeia de Santa Luzia, o de uma idosa de 85 anos, tinha sido detetado no dia 13 deste mês, após um teste realizado pela utente devido a "um episódio hospitalar de urgência" no hospital de Beja, onde acabou por ficar internada.
Após ter sido detetado o primeiro caso, foram feitos testes de despiste aos restantes 16 utentes e 28 funcionários do lar, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, no distrito de Beja, tendo 26 dado resultados positivos (13 utentes e 13 funcionários) e 14 negativos (um utente e 13 funcionários) e quatro inconclusivos (dois utentes e dois funcionários).
Os dois utentes e dois funcionários que tiveram resultados inconclusivos na primeira testagem fizeram segundos testes, que deram resultados negativos.
Os testes feitos aos contactos próximos dos funcionários do lar infetados permitiram detetar mais 18 casos de infeção, entre os quais dois bebés, elevando para 45 o número total de infetados associados ao surto.
Os dois bebés infetados frequentam a Creche e Jardim-de-Infância da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, sendo que um deles, o primeiro a testar positivo, tem 11 meses e é filho de uma funcionária e o outro tem dois anos e é neto de uma outra funcionária do Lar de Santa Luzia.
Segundo Marcelo Guerreiro, entre os 45 casos de infeção confirmados até hoje há 14 utentes, 13 funcionários e 18 contactos próximos de funcionários do lar infetados.
Dos 45 infetados, três estão internados no hospital de Beja, nomeadamente um idoso, de 95 anos, uma funcionária do lar, de 65 anos, e a utente que foi o primeiro caso positivo confirmado.
O idoso e a utente estão "estáveis" em enfermarias no piso dedicado à covid-19 e a funcionária está na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do hospital de Beja, disse à Lusa fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Com exceção da utente internada no hospital de Beja, todos os restantes 13 utentes infetados estão no lar, disse o autarca, referindo que os três utentes que testaram negativo foram transferidos para uma residência do município.
Também com exceção da funcionária e do idoso internados, todos os outros 29 infetados - 12 funcionários do lar e 17 contactos próximos -, estão em casa e a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.
Em declarações à Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, José Raul dos Santos, disse que o bebé de 11 meses infetado frequenta a sala de berçário da creche com outros nove bebés e cinco funcionárias - quatro auxiliares e uma educadora.
O segundo bebé com infeção confirmada frequenta a sala dos dois anos da creche com outros 18 bebés e duas funcionárias - uma educadora e uma auxiliar.
As duas salas foram fechadas e desinfetadas e já reabriram depois de os testes realizados a todos os outros bebés e às funcionárias terem dado negativos.
Os restantes funcionários da Creche e Jardim-de-Infância da Santa Casa da Misericórdia de Ourique também testaram negativo e todas as instalações foram desinfetadas e estão a funcionar normalmente.
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