Segundo escreve o site de notícias Euronews, há jovens a pagar entre 10 a 20 euros na região de Grenland, na Noruega, para serem deliberadamente infetados com o vírus que provoca a COVID-19. A transação estará a ser combinada através da aplicação para telemóvel Snapchat.
O objetivo é contrair a infeção e desenvolver imunidade, abrindo caminho à possibilidade de obter um certificado de livre-trânsito que permitiria a estes jovens viajar durante o verão.
Segundo a autarca de Skien, uma localidade a 130 quilómetros de Oslo, a ser verdade, "seria trágico". "Espero que os jovens entendam que esta é uma doença com a qual alguns podem ficar seriamente doentes. Também tivemos várias mortes aqui em Skien como em toda a Noruega", adverte.
Em declarações à imprensa local, a governante, Hedda Foss Five, pede a aceleração da vacinação para permitir que os mais jovens recuperem alguma liberdade para poderem desenvolver atividades sociais.
"Resta saber se é certo esperar tanto tempo para vacinar os jovens", critica a autarca.
"Pessoalmente, acho que chegou a hora [da vacinação dos grupos etários mais novos], porque as crianças e jovens fizeram muitos sacrifícios durante a pandemia. Mas agora vêem que são os últimos a estar com os amigos e a poderem divertir-se juntos", comentou.
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Livre-trânsito a partir de 1 de julho
A ideia é que este livre-trânsito entre em vigor a 1 de julho e funcione de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens, em formato digital e/ou papel, com um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos, e que seja disponibilizado gratuitamente e na língua nacional do cidadão e em inglês.
A presidência portuguesa do Conselho da UE e a equipa de negociação do PE iniciaram em 03 de maio as negociações sobre o certificado verde digital, após os eurodeputados terem adotado, em 29 de abril, a sua posição para as negociações em torno da proposta legislativa apresentada pela Comissão em março.
Na passada quinta-feira, os negociadores da presidência portuguesa e da assembleia europeia chegaram a um acordo político sobre este certificado.
Falta agora que o texto do compromisso que enquadra juridicamente o documento digital a atestar a vacinação, testagem ou recuperação seja formalmente adotado pelas instituições. A nível do Conselho (Estados-membros) o compromisso foi endossado pelos embaixadores junto da UE na passada sexta-feira.
Entretanto, os Estados-membros terão de desenvolver as infraestruturas técnicas e garantir a interoperabilidade dos sistemas de reconhecimento do certificado.
Caberá aos governos nacionais decidir se os viajantes com um certificado têm de ser submetidos a quarentena ou a testes, mas ao aceitarem tal documento prevê-se que isso não aconteça, a não ser que a situação epidemiológica o justifique.
Esta terça-feira em Bruxelas, o primeiro-ministro português, António Costa, revelou que Portugal vai iniciar ainda esta semana a “fase de testes” do certificado digital covid-19 da UE, que se prolongará durante o mês de junho, com vista à sua plena operacionalização em 01 de julho.
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Pandemia alastra
Em Portugal, morreram 17.022 pessoas dos 846.434 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Com Lusa
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