Em comunicado, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) refere que, num universo que abrange cerca de 20.000 pessoas entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em centros educativos, se registam 289 reclusos, 69 trabalhadores do quadro da DGRSP e 10 de trabalhadores de empresas externas prestadoras de serviços infetados.

Quanto aos casos clinicamente recuperados há a registar 100, das quais duas crianças, filhas de reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires (concelho de Cascais, distrito de Lisboa), clinicamente recuperadas.

Nos centros educativos para menores já não há casos ativos, segundo a DGRSP, depois de terem ocorrido quatro casos clinicamente recuperados do novo coronavírus que provoca a doença covid-19.

Por outro lado, o conjunto de trabalhadores clinicamente recuperados é de 124.

A DGRSP, tutelada pelo Ministério da Justiça, informa ainda que, no Estabelecimento Prisional de Lisboa foram realizados novos testes aos reclusos que tinham acusado negativo na testagem anterior e os resultados indicam haver 11 reclusos cujo teste deu positivo e que estão “devidamente separados”.

“Assim, no presente momento, os casos positivos à covid-19 no Estabelecimento Prisional de Lisboa indicam haver 104 reclusos e seis trabalhadores que, embora assintomáticos, estão positivos à covid-19″, lê-se no comunicado.

No Estabelecimento Prisional de Tires, após nova testagem aos casos positivos, foram comunicados 21 casos que deram negativo, com o número de reclusas infetadas a baixar para 127.

Nesta cadeia passaram também a ter resultados negativos duas crianças filhas de reclusas e três trabalhadores, existindo agora três guardas prisionais, um profissional de saúde e um auxiliar de cozinha de empresa externa infetados.

No Estabelecimento Prisional de Guimarães, os resultados dos 11 casos de reclusos que tinham sido, na primeira testagem, inconclusivos, indicam agora que há dois casos positivos, resultando num total de 25 reclusos infetados e um trabalhador.

Os dados respeitantes aos casos de covid-19 no Estabelecimento Prisional de Izeda, em Bragança (10 reclusos e 11 trabalhadores) mantêm-se inalterados.

“Nestes quatro estabelecimentos prisionais mantêm-se suspensas as atividades de formação escolar e profissional e de trabalho, bem como as visitas, com exceção das dos advogados”, refere a DGRSP, acrescentando que os reclusos, a quem diariamente são entregues máscaras, mantêm “o direito legalmente consagrado a recreio a céu aberto e a telefonar”.