O Fundo Soberano Russo (RDIF), que financiou o desenvolvimento da Sputnik V, aprovada no verão, está atualmente a financiar testes clínicos da vacina Sputnik Light", disse o seu presidente, Kirill Dmitriev, em comunicado.
Enquanto que, com a vacina Sputnik V - mais de 90% eficaz contra o coronavírus de acordo com funcionários russos -, prevê-se a administração de duas doses por paciente, a Sputnik Light requer uma única inoculação, explicou Dmitriev.
A eficácia da versão "light" também é menor do que a da sua irmã mais velha: pode alcançar 85% em alguns casos, e menos em outros, conforme declarações de Dmitriev em dezembro passado.
Esta vacina "pode tornar-se uma solução temporária eficaz para vários países que atingiram o pico da doença (...) e que tentam salvar o maior número de vidas possível", declarou esta segunda-feira.
Para o mercado russo, no entanto, a Sputnik V em duas doses continuará a ser a principal vacina usada no âmbito de uma grande campanha de vacinação iniciada em dezembro pelas autoridades, de acordo com o RDIF.
Em agosto passado, a Rússia foi o primeiro país do mundo a autorizar uma vacina contra o novo coronavírus. O anúncio gerou muitas críticas internacionais, por ter sido considerado prematuro, antes dos testes de fase 3 e da publicação dos resultados científicos.
A Sputnik V foi autorizada pelas autoridades em países como Belarus, Argentina, Argélia, Bolívia e Sérvia, completou o RDIF.
As autoridades palestinas também deram autorização para administrar esta vacina à sua população, anunciou o RDIF, celebrando a notícia em comunicado. As primeiras doses podem ser entregues dentro de um mês.
"Estamos felizes que a Sputnik V já esteja presente não apenas na Europa, África, Ásia e América Latina, mas também no Médio Oriente", destacou Dmitriev.
Cerca de 1,5 milhões de pessoas em todo mundo foram inoculadas com a Sputnik V até ao momento, de acordo com o RDIF.
A Rússia enfrenta uma segunda onda do coronavírus, mas as autoridades recusam-se, por enquanto, a instituir um novo confinamento ao nível nacional.
A pandemia fez pelo menos 1.934.693 mortos no mundo desde o seu surgimento em dezembro de 2019 na China, conforme um balanço da AFP desta segunda-feira, elaborado com base em fontes oficiais.
Desde o início da atual crise sanitária, mais de 90.196.880 pessoas contraíram a covid-19. Destas, pelo menos 55.592.800 recuperaram, segundo as autoridades.
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