De acordo com o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, que expôs o plano em conferência de imprensa, em Lisboa, o investimento é de 8,4 milhões de euros.
“Portugal é hoje um dos países que mais testes por cem mil habitantes faz na Europa”, disse o governante durante a habitual conferência de imprensa para atualizar a informação relativa à COVID-19.
O objetivo da expansão da capacidade laboratorial é duplicar a capacidade de testagem para cerca de 22.000 testes por dia, indicou, referindo que atualmente são feitos 10.000 testes por dia no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“No Alentejo e no Algarve, por exemplo, a previsão é de um aumento da capacidade de testagem superior a 400%”, frisou.
Este plano, acrescentou Lacerda Sales, foi aprovado a 10 de agosto, tem um financiamento de 8,4 milhões de euros previsto no Programa de Estabilização Económica e Social e a operacionalização técnico-científica fica a cargo do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge.
O presidente do INSA, Fernando Almeida, que hoje participou na mesma conferência de imprensa, defendeu que a intenção não é fazer testes sem critério.
“Este esforço [8,4 ME] não tem a ver apenas e só com a COVID[-19]. Nesta altura tem a ver com o diagnóstico dos casos COVID[-19], mas é um investimento que também tem em conta toda a capacidade de diagnóstico para outras emergências e patologias que possam vir a ocorrer”, sustentou.
De acordo com o mesmo responsável, foram estabelecidos critérios com a participação de todos os hospitais do SNS.
“Todos os investimentos que foram estudados e que estão a ser estudados foram feitos com critérios ouvindo todas as estruturas hospitalares, com a parceria das ARS e com uma equipa que foi nomeada por um despacho específico do senhor secretário Estado”, afirmou.
O investimento é sobretudo na área das infraestruturas e dos equipamentos.
“Todo este investimento vai permitir a duplicação da capacidade de testagem se for precisa, no limite, e permite-nos ter uma melhor e maior resposta em todas as regiões do país”, declarou.
A pandemia já provocou pelo menos 809 mil mortes e infetou mais de 23,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.801 pessoas das 55.720 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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