Num comunicado enviado às redações, o organismo presidido por Óscar Gaspar garantiu ainda que vai continuar a trabalhar com o setor público, reconhecendo “a fase particularmente delicada do combate à pandemia”, traduzida num crescimento exponencial das infeções desde o início de 2021.
“Neste momento há mais de 700 camas dos hospitais privados que estão afetas aos doentes do SNS e ainda no sábado foi possível responder afirmativamente com cerca de 100 camas adicionais face a solicitação do SNS para doentes não COVID. Hoje mesmo foi possível aumentar o número de camas Covid disponibilizadas em Lisboa”, pode ler-se na nota divulgada pela APHP.
O anúncio surge na sequência de declarações da ministra da Saúde feitas esta segunda-feira, nas quais admitiu a possibilidade de avançar com “outros mecanismos”, como a requisição civil, para garantir apoio aos hospitais públicos. Marta Temido esclareceu que a capacidade disponibilizada pelo setor privado e social em convenções com o SNS é de apenas 100 camas, aproximadamente, e dispersas por várias instituições.
Portugal registou hoje 122 mortos relacionados com a covid-19, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e 5.604 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Este é o dia com maior número de mortes diárias registadas desde o início da pandemia, em março de 2020, superando o recorde registado na sexta-feira quando os dados davam conta da morte de 118 pessoas.
O boletim epidemiológico da DGS indica ainda que estão internadas 3.983, mais 213 do que no domingo, das quais 567 em cuidados intensivos, ou seja, mais nove. Também aqui o país atingiu um novo máximo.
Em Portugal, morreram 7.925 pessoas dos 489.293 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.
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