Esta informação consta de uma nota hoje publicada pela Presidência da República após o Estado-Maior-General das Forças Armadas ter divulgado que pelo menos 88 dos 180 militares portugueses que integram a missão da ONU na RCA estão infetados com o novo coronavírus, mas encontram-se bem.

Segunda a nota hoje publicada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, "contatou via telefone com o comandante da força para se inteirar da situação no terreno", após ter sido "informado no sábado" desta situação.

"Os militares encontram-se a cumprir a quarentena e estão assintomáticos", lê-se na mesma nota.

No comunicado do Estado-Maior-General das Forças Armadas refere-se que os militares infetados "estão bem e apresentam bom prognóstico, permanecendo dentro da sua base em Bangui (Campo M'Poko) em isolamento", com "acompanhamento da equipa médica da força e em estreita articulação com as estruturas da saúde militar" em Portugal.

Todo o contingente português fez testes e os restantes 92 efetivos apresentaram resultado negativo, segundo o comunicado.

Portugal tem presença militar na RCA desde o início de 2017. Neste momento, está naquele país a 7.ª força nacional destacada, constituída por 180 militares, integrada na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios e já infetou mais de 29 milhões de pessoas e causou mais de 900 mil mortes a nível global, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 32.625 mortos confirmados e mais de 1,3 milhões casos de infeção contabilizados em 55 países, de acordo com as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.