“Neste momento temos uma evolução positiva nos lares”, afirmou a Marta Temido na habitual conferência de imprensa sobre a situação da COVID-19 em Portugal, recordando que houve alturas, desde o início da pandemia, que foram contabilizados cerca de 2.500 idosos infetados e mais de mil funcionários em 365 instituições.
De acordo como boletim da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 54.701 casos de infeção confirmados e 1.786 mortes.
A ministra referiu que das 1.786 mortes registadas até ao momento associadas à COVID-19, 688 foram de pessoas que residiam em lares, não significando, ressalvou, que estas tenham falecido nesses locais.
Desde finais de junho estas instituições residenciais para idosos estão sob vigilância através de visitas periódicas de equipas conjuntas da saúde e da segurança social e, segundo Marta Temido, vão continuar a realizar-se “até se manter a situação epidemiológica, sendo um dos instrumentos fundamentais para perceber e antecipar problemas”.
“Até ao final deste mês, está prevista a visita a mais mil das 2.600 instituições [lares] e recordo que já se realizaram mais de 500 visitas, tendo-se começado pelo Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo, região Centro e região Norte”, sublinhou.
Contudo, a ministra fez questão de destacar a diferença entre as Estruturas Residenciais de Idosos (lares), que não têm uma vocação de unidades de saúde e que são certa de 2.600, e equipamentos da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que ultrapassam as 300.
De um universo de 15 mil trabalhadores da rede de cuidados continuados já foram testados 14.700, tendo sido confirmados 168 casos positivos, dos quais seis ainda se mantêm ativos.
A governante prometeu que as estruturas de saúde vão continuar a trabalhar para que na próxima época outono/inverno as situações verificadas nos lares sejam cada vez menos e sempre que possível se evitem os óbitos, reconhecendo que “há coisas para melhorar e há trabalho para fazer”.
A pandemia de COVID-19 já provocou pelo menos 781.194 mortos e infetou mais de 22,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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