Questionado sobre o assunto durante uma conversa com utilizadores das redes sociais esta quinta-feira (18), o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, apontou com clareza as prioridades da vacinação contra o coronavírus recomendadas pela agência, órgão regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Jarbas Barbosa disse que os profissionais de saúde devem ser imunizados primeiro, "porque são os mais expostos", assim como os trabalhadores em contacto com idosos e em "áreas sociais-chave para o país".

Acrescentou que, em seguida, deveria procurar-se "salvar vidas", protegendo "aqueles que têm maior probabilidade de desenvolver formas graves (da doença) e morrer de COVID-19". Nesse grupo, colocou idosos e adultos com doenças crónicas.

“Essas deveriam ser as prioridades, essa é a recomendação da OMS e da Opas”, afirmou Barbosa.

Jarbas Barbosa não mencionou nenhum cargo público em particular. Porém, ressaltou que a OMS/Opas limita-se a aconselhar sobre os grupos prioritários, mas são os países que tomam a decisão final.

Ao detalhar os aspetos que um plano nacional de vacinação deve incluir, Barbosa destacou várias dimensões: desde a revisão dos processos regulatórios e de importação de vacinas até à avaliação da cadeia de frio para conservar as doses, o treino do pessoal que deve administrar a vacina e o desenvolvimento de uma estratégia de comunicação à população, esclarecendo quais vacinas serão usadas e quão eficazes e seguras demonstraram ser.

A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.430.693 mortos no mundo, resultantes de mais de 109,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.754 pessoas dos 792.829 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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