No final da audição, por videoconferência, com o Presidente da República a propósito da renovação do estado de emergência, a deputada do PEV Mariana Silva falou aos jornalistas no parlamento.

“O estado de emergência não é necessário para aquilo que está a ser feito nem tem qualquer utilidade para o que é necessário planear para o futuro. Reforçamos novamente esta ideia com o senhor Presidente da República, que compreende que a posição dos Verdes se mantenha, e dissemos também que o planeamento do desconfinamento já deveria estar a ser feito”, adiantou.

Os Verdes lamentam por isso “não saber nada” sobre o desconfinamento, aguardando informações da parte do Governo.

Questionada pelos jornalistas sobre se confirmava a indicação dada por outros partidos de que o novo decreto presidencial será em tudo semelhante ao atual, Mariana Silva foi perentória: “sim, o senhor Presidente disse que não havia qualquer alteração”.

O PEV, de acordo com deputada, levou ainda a Marcelo Rebelo de Sousa preocupações com a economia e com os pequenos e médios empresários, avisando que, quanto mais tempo durar o confinamento, “pior será” para estes e outros setores.

“E essencialmente com a escola presencial, visto que Os Verdes apresentaram um projeto de resolução que recomenda ao Governo fazer testes não evasivos, os testes da saliva, aos nossos alunos e às crianças e aos jovens para que possa ser um processo seguro e para que se transmita confiança também para os pais e encarregados de educação e se volte à escola presencial o mais rápido possível”, defendeu.

Questionada sobre o plano para a reabertura das escolas, Mariana Silva considerou que essa resposta terá de vir dos técnicos e especialistas, uma vez que são esses que “estudam e que percebem de que forma é que será mais seguro” esse regresso ao ensino presencial.

“Estamos nesta pandemia há um ano. Já estivemos em pico, já estivemos em desconfinamento e já podemos aprender que o caminho tem que se fazer de forma planeada e com muita informação para que as pessoas percebam que não é porque temos a vacina que ficamos protegidos, temos que continuar com todas as medidas de segurança e para percebermos que o desconfinamento tem que ser feito ponderadamente e tem que ter em conta todas as medidas de proteção que são aplicadas neste momento”, apelou.