“À medida que o hemisfério norte entra no inverno, assistimos a uma aceleração dos casos – particularmente na Europa e na América do Norte”, disse o diretor-geral da organização numa conferência de imprensa online, a partir de Genebra.

Tedros Adhanom Ghebreyesus assinalou que à medida que os casos aumentam também aumenta o número de pessoas que precisam de camas de hospitais e de cuidados intensivos, o que resulta numa “situação muito difícil e perigosa, tanto para os doentes como para os profissionais de saúde”.

Por isso, acrescentou, é importante que os governos se concentrem no essencial para salvar vidas, encontrar os casos, investigar o grupo, isolar todos os casos, colocar em quarentena os contactos, assegurar bons cuidados clínicos e apoiar e proteger os trabalhadores da saúde e as pessoas mais vulneráveis.

“Sei que há cansaço, mas o vírus mostrou que quando baixamos a nossa guarda, pode voltar a uma velocidade vertiginosa e ameaçar hospitais e sistemas de saúde”, alertou.

Michael Ryan, diretor do programa de emergências em saúde da OMS, e Maria Van Kerkhove, responsável da luta contara a epidemia, insistiram também na necessidade do isolamento das pessoas infetadas com a doença bem como os seus contactos, forma de quebrar as cadeias de transmissão.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.198 pessoas dos 101.860 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.