O diretor regional para a região europeia da OMS, Hans Kluge, afirmou que terminou assim "um promissor declínio ao longo de seis semanas", sobretudo por causa do aumento de casos na Europa central e de Leste, que fizeram com que na última semana houvesse mais de um milhão de novas infeções na região, um aumento de nove por cento em relação à semana anterior.
"Precisamos de voltar ao básico e suprimir o vírus em todo o lado", defendeu, salientando que é necessária "vigilância aumentada" para as novas variantes: A que foi detetada no Reino Unido circula em 43 dos 53 países da região, a que foi detetada na África do Sul em 26 e a que foi primeiro descoberta no Brasil em 15.
Isso está a significar "sobrecarga contínua nos hospitais e profissionais de saúde", referiu, defendendo que "um ano depois do começo da pandemia, os hospitais não deviam já estar nesta situação".
Hans Kluge acrescentou que é preciso aumentar e melhorar a eficiência da testagem, acelerar a produção de vacinas e aumentar o número de vacinas disponíveis.
Por enquanto, a vacinação decorre em 45 países europeus. Em 20 deles, 25,4% da população completou a sua vacinação e já tomou as duas doses.
Hans Kluge salientou, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala na segunda-feira, que a pandemia está a ter "um impacto desproporcionado nas mulheres", desde logo por constituírem a maior parte da força de trabalho no setor da Saúde.
Assiste-se também a um "aumento dramático" de atos de violência doméstica contra mulheres, que têm que estar muitas vezes confinadas com os seus agressores.
Citando dados de uma linha de apoio psicológico austríaca, Kluge referiu também que 68% das pessoas que procuraram ajuda eram mulheres, indiciando "maior stress psicológico" da pandemia sobre as mulheres.
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