“O número de casos de infeção por covid-19 registado em África é de 9.886.819, o que representa 3,3% do total de casos registados a nível global”, disse John Nkengasong na habitual conferência de imprensa semanal difundida em formato virtual a partir de Adis Abeba, a sede do África CDC.
Dos 9,8 milhões de casos, houve 8,8 milhões de pessoas que já recuperaram da doença, o que equivale a dizer que 89% dos africanos infetados com covid-19 recuperaram.
Olhando para a evolução semanal da doença, o diretor do África CDC referiu que “na semana de 27 de dezembro a 2 de janeiro, em comparação com a semana de 20 a 26 de dezembro, houve um total de 299.370 novos casos, mostrando um aumento de 5% face à semana anterior”.
No encontro com a imprensa, Nkengasong colocou São Tomé e Príncipe como um dos países que entrou na quarta vaga, juntamente com República do Congo, Gabão, Guiné-Conacri, Libéria, Marrocos, Níger, Senegal e Serra Leoa, que se juntam aos 42 países que já estavam a sofrer esta quarta vaga na semana passada.
A grande maioria dos países africanos (95%, ou 52 países) está ainda a passar pela terceira vaga, apontou o responsável, vincando que a evolução do processo de vacinação será fundamental para a evolução da doença no continente africano.
Sobre a variante Ómicron, Nkengasong disse que há 33 países africanos onde esta variante já está em circulação, o que representa uma subida de nove países desde a última conferência de imprensa, sendo que nestes países estão os lusófonos Cabo Verde, Angola e Moçambique.
A covid-19 provocou 5.456.207 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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