Os números de hoje superam os da passada quarta-feira, quando foram registadas 1.910 mortes, dia com mais vítimas mortais desde a chegada da covid-19 ao Brasil, em fevereiro do ano passado.

Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil somou ainda 70.764 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, números semelhantes aos atingidos na semana passada e que colocaram as redes de saúde públicas e privadas do país em situação de iminente colapso.

No total, a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, concentra 268.370 mortes e 11.122.429 diagnósticos de infeção, sendo um dos três países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo, juntamente com os Estados Unidos e com a Índia.

Segundo o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, a média móvel de mortes do Brasil é hoje de 1.573, novo recorde pelo 14º dia consecutivo.

Naquele que é o pior momento da pandemia no país, a taxa de incidência da doença em território brasileiro aumentou hoje para 128 mortes e 5.293 casos por 100 mil habitantes.

Os Estados brasileiros que concentram o maior número de infeções são São Paulo (2.134.020), Minas Gerais (928.402), Paraná (733.223) e Bahia (720.068).

Por outro lado, as unidades federativas com mais mortes pela covid-19 são São Paulo (62.101), Rio de Janeiro (33.824), Minas Gerais (19.605) e Rio Grande do Sul (13.837).

Desde o início de março até hoje, pelo menos 30 pacientes com covid-19 morreram na fila de espera por camas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado de São Paulo, o mais rico e populoso do Brasil, mas também o foco da pandemia do país, segundo um levantamento feito pelo portal de notícias G1.

São Paulo tem agora a sua maior taxa de ocupação de camas de UTI desde o início da pandemia (82%), e o total de pacientes internados chegou a 20.300, ainda segundo o G1.

Dezanove hospitais estaduais de São Paulo atingiram 100% da ocupação de camas de UTI destinadas à covid-19, e outros seis estão com taxas superiores a 95% de ocupação.

Além de atravessar um forte agravamento da pandemia, o Brasil lida ainda com a nova estirpe detetada no Amazonas (P.1), que já se espalhou pelo território nacional e que, segundo o próprio Ministério da Saúde brasileiro, é pelo menos “três vezes mais contagiosa” do que a original.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.600.802 mortos no mundo, resultantes de mais de 117 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.