Segundo o chefe da divisão das Relações Públicas da Corporação da Polícia de Segurança Pública (CPSP), Lei Tak Fai, a mulher, residente em Hong Kong, com cerca de 40 anos, "saiu do seu quarto [de hotel]", onde cumpria o período obrigatório de observação médica imposto pelas autoridades, na noite de 28 de junho.

O caso terá sido detetado por um segurança do hotel designado pelas autoridades para o cumprimento da quarentena, segundo a imprensa local, e "foi encaminhado para o Ministério Público", informou Lei Tak Fai, durante a conferência de imprensa de acompanhamento da covid-19.

"Como saiu e há indícios de que violou o art.º 14 da Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis", arrisca "pena até seis meses de prisão ou pena de multa até 60 dias", acrescentou o responsável da CPSP.

A mulher ficou sujeita para já "a uma medida coerciva de isolamento", informou ainda aquele responsável da polícia.

Macau não tem atualmente nenhum caso ativo de covid-19 no território.

O último paciente diagnosticado com a doença, o 46.º no território desde que o surto começou, registou-se em 25 de junho e recebeu alta hospitalar em 17 de julho.

Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de infeção com a covid-19, antes do final de janeiro.

O território registou então uma primeira vaga de dez casos.

Seguiu-se outra de 35 casos a partir de março, todos importados, uma situação associada ao regresso de residentes, muitos estudantes no ensino superior em países estrangeiros.

Macau não registou nenhuma morte relacionada com a doença e não identificou qualquer infetado entre os profissionais de saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 667 mil mortos e infetou mais de 17 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.