"Vamos prorrogar mais um mês a exigência imperativa dos testes PCR para entrada nos portos e aeroportos da Região Autónoma da Madeira", afirmou Miguel Albuquerque.
O governante explicou que a medida que autorizava a apresentação apenas do teste rápido antigénio, prevista para entrar em vigor no dia 01 de julho, será revogada.
Miguel Albuquerque sublinhou que a decisão decorre do agravamento da situação epidemiológica na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde a variante Delta do novo coronavírus se tornou prevalente.
O chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, falava à margem de uma visita à empresa Domodelta - Instalações Elétricas, no Funchal,
"Temos um problema de disseminação neste momento e um número de casos crescente no continente", disse, reforçando que está prevista uma chegada "muito grande" de turistas continentais à Madeira durante o verão.
"Evidentemente, dá-nos maiores garantias de segurança o teste PCR à entrada nos aeroportos e portos da Região Autónoma da Madeira", realçou.
Miguel Albuquerque adiantou, por outro lado, que ainda não foi detetada a variante Delta no arquipélago, sendo que as autoridades de saúde aguardam o resultado de amostras enviadas para análise no Instituto Nacional de Saúde (INSA).
"Agora não podemos ter a veleidade de pensar que, com a abertura dos portos e dos aeroportos, isso pode não vir a acontecer", alertou, acrescentando: "Somos uma ilha aberta ao exterior e, portanto, somos suscetíveis de ter essa variante cá".
E reforçou: "Seja como for, o que é importante, neste momento, é fazer uma contenção e um controlo de casos importados e, para isso, o PCR é mais fiável".
Para as deslocações entre ilhas - Madeira e Porto Santo - mantém-se a exigência de apresentação de teste antigénio negativo a partir de 01 de julho.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago da Madeira regista 67 casos ativos de covid-19, num total de 9.589 confirmados desde o início da pandemia, e 72 mortos associados à doença.
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