"Eu não vou permitir que se utilize a desgraça para se fazer negócio ou para fazer fraudes", disse o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, referindo que a autoridade regional de saúde vai reunir-se, brevemente, para definir um "sistema de controlo" dos testes rápidos de antigénio, que já podem ser adquiridos em farmácias e parafarmácias.

O governante falava à margem de uma visita ao convento de Santa Clara, no Funchal, uma estrutura do século XV, classificada como Monumento Nacional desde 1940, onde decorrem obras de recuperação e restauro avaliadas em 2,3 milhões de euros.

"No início da próxima semana vamos ter uma reunião com a nossa equipa da saúde, para vermos como vamos fazer, porque este sistema tem de ser controlado, se não o que vai acontecer são fraudes, vai ser gato por lebre", disse Miguel Albuquerque.

O chefe do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, realçou que a região vai "aproveitar a oportunidade" da comercialização de autotestes rápidos, porque é mais uma medida de "controlo e contenção" da pandemia, mas advertiu que o processo tem de ser supervisionado por entidades competentes, nomeadamente a Direção-Geral da Saúde e a Ordem dos Farmacêuticos.

Miguel Albuquerque adiantou, por outro lado, que o processo de vacinação dos cerca de 10 mil professores e auxiliares educativos deverá ficar concluído no dia 09 de abril, ao passo que a testagem rápida dos 40 mil alunos vai decorrer até 16 de abril, após o que serão retomadas as aulas presenciais em todos os níveis de ensino na região autónoma.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 260 mil habitantes, regista 342 casos ativos de covid-19, num total 8.486 confirmados desde o início da pandemia, e 71 óbitos associados à doença.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.862.002 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.887 pessoas dos 824.368 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.