n.n.“O nosso limite é de 21 camas na UCI [Unidade de Cuidados Intensivos] para todos os doentes e está a ser alargada essa capacidade. Vamos abrir hoje mais 10 camas de internamento, atingindo assim a capacidade de crescer até às 90 camas”, refere a informação enviada à agência Lusa.
Atualmente, o Hospital Pedro Hispano, que pertence à Unidade de Saúde Local de Matosinhos (ULSM), tem internados em enfermaria 80 doentes com infeção pelo novo coronavírus, 11 em cuidados intensivos e oito em cuidados intermédios.
Sobre a capacidade da Unidade de Cuidados Intermédios, a mesma fonte apontou que “nas últimas semanas tem estado sempre com ocupação máxima de 10 doentes”.
Quanto ao alargamento da UCI, não foi precisado nem o número de camas, nem a data prevista.
De acordo com a mesma fonte, o Hospital Pedro Hispano tem “colaborado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, tendo recebido do Hospital Garcia de Orta nove doentes, quatro dos quais esta semana.
Questionado sobre se foi já necessário proceder ao adiamento de cirurgias para fazer face aos novos máximos da pandemia da covid-19 que Portugal regista pela segunda semana consecutiva, fonte do hospital de Matosinhos indicou que “neste momento está a ser possível realizar cerca de 50% da cirurgia programada”.
“[Asseguramos] que a necessidade de suspender ou adiar cirurgias para alocar recursos humanos e físicos à resposta à covid-19 não agrave a condição clínica do doente ou condicione o prognóstico da doença”, lê-se na resposta à Lusa.
O conselho de administração do Hospital Pedro Hispano revela, ainda, que relativamente às cirurgias oncológicas inadiáveis, está a articular com o Instituto Português de Oncologia do Porto “de modo a garantir que essas cirurgias são realizadas, sem comprometer a sua evolução e tratamento”.
“Relativamente à restante atividade [realização de exames de diagnóstico, tratamentos e consultas], o objetivo é manter a atividade assistencial programada e de forma presencial, uma vez que existem condições de segurança para a prestação de cuidados, e a preocupação em garantir a vigilância e acompanhamento dos doentes não covid. Isto acontece tanto no Hospital Pedro Hispano como no ACeS [Agrupamentos de Centros de Saúde] de Matosinhos. Claro que sempre que possível, mantém-se o recurso à consulta não presencial”, descreve fonte hospitalar.
Na mesma resposta, é garantida uma “resposta adequada e atempada” ao doente não covid, apontando-se que “importa salientar o critério de priorização de cuidados, de distinguir situações clínicas que podem esperar e outras inadiáveis”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, enquanto em Portugal morreram 9.920 pessoas dos 609.136 casos de infeção confirmados.
De acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, Portugal registou hoje 234 mortes relacionadas com a covid-19, o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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