O presidente do conselho de administração, Fernando Regateiro, salientou à agência Lusa que o CHUC "manteve a resposta nas primeiras consultas, nas Consultas a Tempo e Horas (CTH) e de seguimento, mas não com o volume habitual".
"Entre 16 de março e antes do final de abril, no espaço de cinco semanas, teremos visto 50 mil doentes em consultas, o que não é despiciendo", sublinhou.
Fernando Regateiro destaca que, dessas consultas, "duas em cada três foram realizadas sem a presença do doente", tendo o CHUC se socorrido da experiência em telemedicina e do telefone, o que permitiu "acompanhar o doente, confirmar e renovar prescrições".
Segundo o responsável, este é o momento para apostar nesta experiência e aplicá-la de uma forma "mais robusta e mais expandida para reduzir a circulação e o tempo de permanência dos doentes nos edifícios e o contacto entre pessoas".
"Quanto mais fizermos esta abordagem, sem colocar em risco e sem comprometer a qualidade assistencial, melhor nos prevenimos contra a transmissão do vírus", frisa Fernando Regateiro.
Ao nível das cirurgias, o CHUC realizou, só no espaço de cinco semanas, entre março e abril, 1.200 intervenções.
"Não nos limitámos a fazer cirurgias apenas de urgência", enfatiza o presidente da unidade hospitalar, salientando que 57% corresponderam a "cirurgias programadas, de acordo com as prioridades definidas".
O CHUC intensificou ainda o PEMProx (Programa de Entrega de Medicamentos em Proximidade), "uma experiência já muito sedimentada, que abrange 4.000 doentes que recebem os medicamentos em farmácias da sua proximidade".
O programa, que envolve quase 800 farmácias comunitárias, evita que os doentes de vários pontos do país, incluindo regiões autónomas, se desloquem ao polo principal do centro hospitalar para receberem medicamentos para doenças crónicas.
Neste período de pandemia, o CHUC criou ainda a Linha Verde de Apoio para doentes, a Linha de Apoio Psico-Emocional (população e profissionais de saúde) e a Linha de Apoio Emocional Pediátrica.
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