Mariana Vieira da Silva falava no final do Conselho de Ministros, depois de confrontada com os protestos de partidos como o Bloco de Esquerda e o PCP sobre precariedade laboral entre profissionais de saúde e falta de recursos humanos nas instituições de saúde, principalmente médicos.

"O Governo está a trabalhar em duas dimensões distintas: A capacidade de resposta de urgência face à situação que se vive e, por outro lado, o caminho que está previsto no Orçamento, relativamente ao qual haverá novidades nas próximas semanas no que respeita à vinculação", respondeu.

De acordo com a ministra de Estado e da Presidência, estes "são dois processos distintos, porque não se pode deixar de dar às instituições de saúde a capacidade de responder imediatamente em caso de necessidade".

"Essa capacidade acaba em 30 de setembro e é prorrogada até ao fim do ano", completou.

Marina Vieira da Silva salientou depois que, "paralelamente, o Ministério da Saúde está a tratar da outra prioridade e que faz parte das reivindicações dos partidos [à esquerda do PS] e também dos compromissos que o Governo assumiu e cumprirá ao nível da vinculação".

Neste ponto, embora sem fazer uma relação direta com as negociações do Orçamento do Estado para 2021, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, deixou o aviso que o Governo "tem de cumprir com urgência" as matérias acordadas no Orçamento deste ano, designadamente no que respeita ao combate à precariedade entre os profissionais de saúde e na contratação de mais médicos.