Todos os dias ouvimos falar dos problemas das urgências no centro e sul do país, dos problemas desta e daquela classe profissional ou de como este ou aquele governo não consegue lidar com a situação…. Quando uns estão satisfeitos, os outros rasgam as vestes e…vice-versa! Parece que todos os dias se resolvem problemas, mas todos os dias surge um novo!

A desorientação é, normalmente, um problema de liderança e, neste caso, também um problema de desadequação das medidas à realidade. É necessário trilhar o caminho da mudança na governance da Saúde e das suas instituições.

A Saúde serve as pessoas e cada comunidade tem características médias distintas, seja ao nível dos utentes, seja ao nível dos prestadores. Os cuidados de saúde têm de ser um fato à medida, algo que só pode ser captado numa lógica de Unidade Local de Saúde (ULS) ou de Centro de Responsabilidade Integrado (CRI). Os contratos-programa e a prestação de contas são a tesoura e as agulhas. E, talvez o mais importante, o trabalho de equipa entre os diferentes profissionais de saúde! A entreajuda para o cumprimento dos objetivos e pela motivação do prémio constituem a inspiração e a arte que dão o design e o ser ao fato.

Estas parecem-me seguras, mas certamente haverá outras. O importante é começar a discutir mais soluções e menos problemas, percebendo que o trabalho de equipa e a customização são a única forma de atingirmos soluções sustentáveis e duradoiras para a Nossa Saúde.