O Daily Telegraph noticia que 75 países de risco baixo ou muito baixo vão ser abrangidos, enquanto o The Times sugere que a lista inclua até 95 países e que integre a quase totalidade da União Europeia, bem como Bermudas e Gibraltar, Turquia, Tailândia, Austrália e Nova Zelândia.
Os dois jornais mantêm a incerteza sobre a inclusão de Portugal devido aos surtos de pessoas infetadas com coronavírus identificados nas últimas semanas no país, nomeadamente nos arredores de Lisboa.
O governo britânico tinha indicado na semana passada que iria selecionar um número limitado de “corredores” com alguns países, que seriam classificados de acordo com as cores dos semáforos para sinalizar os destinos com maior risco de infeção.
Porém, alguns destes países mantêm restrições de viagem do seu lado, como a Grécia, que anunciou na segunda-feira que iria manter a obrigação de quarentena a pessoas que cheguem do Reino Unido até pelo menos 15 de julho.
Países de alto risco, como os EUA, Rússia Brasil, deverão ser classificados como vermelho pelo governo britânico, adianta hoje o Daily Telegraph.
A quarentena obrigatória de duas semanas foi imposta a 08 de junho a todas as chegadas do estrangeiro ao Reino Unido para reduzir o risco de casos importados do estrangeiro e ajudar a evitar uma segunda onda do vírus.
Agora que o governo britânico considera ter controlado a pandemia, iniciou um desconfinamento faseado e na segunda-feira, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, confirmou que o levantamento parcial da quarentena foi autorizado pelas autoridades sanitárias para países de risco reduzido.
A lista dos países terá como fatores não só a prevalência de coronavírus, mas sobretudo o número de novos casos e a trajetória potencial nas próximas semanas da doença no país, adiantou na altura.
O presidente executivo da agência de viagens Red Savannah, disse hoje que a quarentena imposta a todas as chegadas do estrangeiro ao Reino unido desde o dia 08 de junho foi “inútil” e prejudicial para o setor do turismo.
“Não foi feita uma avaliação regulatória ou económica, não foi feita consulta. O que fez na prática foi impedir o setor de, após quatro meses sem receitas, de se por de novo de pé”, criticou, em declarações à BBC esta manhã.
O Reino Unido registou até quarta-feira 43,906 mortes (em 313.483 casos de infeção) durante a pandemia, o maior número na Europa e o terceiro maior no mundo, atrás dos EUA e Brasil.
Esta semana foi decretado um confinamento local na cidade de Leicester devido a um surto de casos de infeção naquela cidade de 350 mil habitantes no centro de Inglaterra
Portugal contabiliza pelo menos 1.579 mortos associados à COVID-19 em 42.454 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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