A preparação dos hospitais e centros de saúde para a covid-19 está definida numa norma que estabelece o modelo de abordagem da pessoa com suspeita de infeção ou com infeção, durante a despistagem, o encaminhamento e o tratamento dos casos.
A fase de mitigação é a terceira e a mais grave fase de resposta à doença covid-19 e é ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
A resposta é focada na atenuação dos efeitos da doença e na diminuição da sua propagação, minimizando nomeadamente a mortalidade associada.
Nesta fase, os doentes ligeiros ficam em casa, os moderados vão aos centros de saúde, os graves, mas não críticos, são encaminhados para os hospitais e os críticos são internados.
Centros de saúde e hospitais terão de dispor de áreas dedicadas à doença covid-19.
Nos hospitais com serviços de pediatria, “poderá ser adequado a reorganização dos serviços” para ”dedicar unidades hospitalares exclusivamente ao tratamento de doentes com covid-19 em idade pediátrica, após ser esgotada a capacidade de resposta dos hospitais de referência identificados para o tratamento dos doentes covid-19 em idade pediátrica”.
De acordo com a norma da DGS para a fase de mitigação, fazem testes de despistagem à covid-19 as pessoas com suspeita de infeção, isto é, que apresentam sintomas como febre, tosse persistente ou tosse crónica agravada e dificuldade respiratória.
Contudo, em caso de não ser possível testar toda a gente com suspeita de covid-19, a DGS definiu uma cadeia prioritária: primeiro, são os doentes com critérios de internamento hospitalar; segundo, os recém-nascidos e as grávidas; terceiro, os profissionais de saúde com sintomas.
Seguem-se os doentes com comorbidades (como asmáticos, insuficientes cardíacos, diabéticos, doentes hepáticos ou renais crónicos, pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica e doentes com cancro) ou pessoas com imunidade mais frágil; e as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, como residentes em lares ou que estão em unidades de convalescença.
Por último, são testadas as pessoas em contacto próximo com estes doentes.
A pandemia do novo coronavírus matou já pelo menos 20.599 pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento em dezembro na China.
Mais de 447 mil casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 182 países e territórios desde o início da epidemia.
Entre esses casos, pelo menos 104.300 são hoje considerados curados pelas autoridades de saúde.
Em Portugal há atualmente 43 mortes, mais 10 do que na terça-feira (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação à véspera.
Dos infetados, 276 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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